domingo, 26 de setembro de 2010

Coloração de aviso

Amanda Jorge Barbieri, Ana Paula Da Silva Conti, Bruna Oliveira, Cayla Aparecida de Sousa

   É uma estratégia de que se valem certos animais que consiste em exibir determinados padrões de cores em seu exterior de modo a representar uma sua função fisiológica interna, ou qualquer uma outra função sua que sirva de intimidação de predadores.
   Talvez o mais notável exemplo de colorações de aviso seja aquele que se percebe em animais altamente venenosos, que geralmente assumem uma coloração acentuadamente viva, tal como um vermelho intenso ou um verde claríssimo, e que, como sua cor pode indicar, passam a mensagem implicita de que ali estão presentes glândulas venenosas que podem causar grande desconforto a quem ouse perturbar.
   Sua pele azul serve como um aviso aos predadores. Sua cor também é geralmente mais escura em torno de seus membros e do estômago. As glândulas de veneno de alcalóides localizadas na pele serve como um mecanismo de defesa para os predadores em potencial. Estes venenos paralisam e às vezes matam o predador.
   A coloração vermelha com pintinhas pretas carregada nas "costas" das joaninhas, que tanto agrada a visão humana, é na verdade um aviso aos pássaros, seus inimigos naturais, que diz "mantenha distância, temos um gosto muito ruim".

Adaptação individual ou homeostase

Antonio Junior, Danielle Oliveira, Jennefer, Luana França, Nathalia Iba

   A todo momento nosso organismo ajusta-se ao ambiente. Se a temperatura sobe, por exemplo, ficamos vermelhos e começamos a suar. A vermelhidão da pele indica que os vasos sanguíneos periféricos se dilataram, passando a irradiar mais calor, o que é auxiliado pela sudorese. Esse tipo de ajustamento, por meio de mecanismo que compensam a variação ambiental, mantém constantes determinadas funções orgânicas, permitindo adaptação ao meio.
   A capacidade de dar respostas adaptativas a mudanças de ambiente é importante para a sobrevivência. Por exemplo, quando viajamos para regiões situadas a mais de 3.000 m de altitude, após alguns dias o número de hemácias em nosso sangue aumenta. Isso acontece em resposta a menor disponibilidade de gás oxigênio na atmosfera: mais hemácias no sangue podem transportar mais moléculas de oxigênio, compensando a menor concentração desse gás em maiores altitudes.
   Outro exemplo, de adaptação individual ocorre quando uma pessoa se expõe ao sol. Após alguns dias de exposição à luz solar, a pele fica mais escura, em decorrência do aumento na síntese do pigmento melanina. Um fator ambiental, a radiação ultravioleta, põe em ação processo comando pelos genes. O bronzeamento da pele ilustra uma ideia importante em Biologia: o fenótipo resulta da interação entre o genótipo e o ambiente.
   Grande parte dos genes é capaz de modificar sua forma de expressão conforme as condições ambientais. Geralmente o genótipo comanda não um único fenótipo, mas uma faixa de possibilidade fenotípicas que se manifestam de acordo com a influencia ambiental. A capacidade de um genótipo produzir diferentes fenótipos em resposta ao ambiente é o que se denomina sua norma de reação.
Norma de reação das flores de hortênsia.
   Plantas com o mesmo genótipo podem apresentar flores com cores que variam de rosa ao azulado, dependendo da acidez do solo. Solos ácidos produzem flores rosadas, e solos alcalinos, flores azuladas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Seleção Sexual

Fernanda Silva , Jean Carlos, Julia Gregório, Mariana Rubbo, Renata Evelin

   Seleção sexual é um caso especial de seleção natural, onde um indivíduo opta por outro, de sexo oposto, devido a uma qualidade diferente deste. Assim o indivíduo escolhido tem maior chance de fecundar seus gametas, garantindo a inalteração dos genes, transmitindo à prole tal vantagem evolutiva. Ao longo do tempo essas características tendem a se tornarem mais frequentes.
   Alguns aspectos que podem ser diferentes nesse caso são: plumagens, cores, chifres, força física, ou até mesmo o canto; onde o parceiro se torna mais atraente do que outro de mesma espécie.
   Geralmente, essas características são atribuídas aos machos, deixando a fêmea definir seu futuro parceiro, que tende a ser o mais saudável e resistente a outros indivíduos da população.
   No caso dos anfíbios, as fêmeas tendem a escolher machos maiores, que possuem canto mais elaborado. Devido a esse tipo de animal ser de hábito noturno e com visão menos desenvolvida, o canto com timbre mais grave indica que o parceiro possui o tamanho maior do que outros indivíduos da população, também indicando que sobreviveu a predadores e pressões ambientais.
    Já no caso dos pavões, a fêmea procura um macho que possua uma calda longa e vistosa, podendo relacionar o fato de conseguirem se equilibrar com uma calda grande e pesada, assim indicando saúde e resistência.

Seleção Disruptiva ou Diversificadora

Andressa Rafaela Gualacci, Gustavo Yokoyama, Julia, Luiz Henrique, Pricilla T. Mendes
   Seleção disruptiva ou diversificadora, é um termo usado para descrever mudanças genéticas da população que favorecem simultaneamente indivíduos em ambos os extremos da distribuição. Quando a seleção disruptiva se opera, os indivíduos nos extremos contribuem com mais prole (filhos) do que aqueles com características intermediárias, produzindo dois picos na distribuição em um gráfico.
   Vamos ao exemplo. Em uma região vive uma população de pássaros que possuem três tipos de bico: alguns possuem bico fino e delicado, outros possuem o bico mais forte e maior e outros pássaros possuem um tipo de bico intermediário (uma mistura dos dois primeiros tipos). Os únicos alimentos disponíveis a esses pássaros são larvas de insetos escondidas em troncos e sementes duras. Quais os pássaros que irão sobreviver e deixar mais descendentes?
   É claro que os que têm bico fino e delicado conseguem comer as larvas escondidas, mas não conseguem comer as sementes. E os que têm o bico forte e maior conseguem abrir as sementes duras, mas não alcançam as larvas. Quem se deu mal nessa história foram os pássaros com o bico intermediário, que não conseguem nem caçar as larvas, nem comer as sementes. O que acaba acontecendo é que os pássaros de bico fino e os de bico forte sobrevivem e reproduzem mais que aqueles intermediários: ocorre a seleção disruptiva ou diversificadora, que elimina o fenótipo intermediário.
Bico forte e grande

Bico intermediário

Bico fino e delicado
  

Seleção Direcional

Bruna Fernandes, Bruna Lana, Izabela, Letícia Rossi

   Em genética populacional, seleção direcional ocorre quando a seleção favorece um único fenótipo e por isso a frequência alélica muda continuamente na mesma direção. Sob seleção direcional, o alelo vantajoso vai aumentar em frequência independentemente da sua dominância em relação aos outros alelos (isto é, mesmo que o alelo vantajoso seja recessivo, eventualmente ficará fixado na população).
   A seleção direcional age sobre os fenótipos extremos (homozigotos) de uma população ao longo das gerações.
   Podem ser selecionados os dois fenótipos homozigóticos ou apenas um deles. No primeiro caso, podemos pensar em uma determinada espécie em que animais grandes e pequenos tem vantagens em relação aos de tamanho intermediário e por isso são mais adaptados e consequentemente são selecionados.
   No segundo caso, podemos pensar em uma espécie de peixe a qual apenas os indivíduos pequenos não são pescados e por isso em um determinado momento o fenótipo grande e intermediário vão deixar de existir nessa população. Por exemplo, o salmão rosa tem tido seu tamanho diminuído recentemente, devido à pesca com técnicas que capturam os maiores exemplares e permitem a fuga dos menores. Com o tempo, haverá uma diminuição na média de tamanho entre os membros, pois os indivíduos menores passarão a ter uma maior chance de sobreviver.
   A letalidade também pode ser um exemplo nos dois casos. O fenótipo intermediário (heterozigoto) ou um dos fenótipos extremos (homozigoto dominante ou recessivo) podem ser letais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Seleção Estabilizadora

Beatriz Yumiko Takama, Bruna Giovana, Fabiane Guarnieri, Marlon Vinícius, Paula dos Santos
  
   Seleção é exercida pelo conjunto de fatores ambientais bióticos e abióticos sobre o indivíduo. A seleção natural atua sobre o fenótipo, de maneira discriminativa. Há três tipos principais de seleção natural: 1) seleção estabilizadora; 2) seleção direcional; e 3) seleção disruptiva.
   Logo abaixo você poderá compreender sobre seleção estabilizadora:
   Seleção estabilizadora ou seleção purificante, é a diversidade genética que diminui quando a população estabiliza num valor de determinada característica em particular, ou seja, valores extremos da característica são selecionados contra.
   Um exemplo de seleção estabilizadora é a seleção contra mudanças no tamanho dos bebês humanos. Antigamente, a taxa de mortalidade infantil no parto era grande. Agora, além dos avanços médicos e tecnológicos de nossa sociedade podemos observar uma estabilidade no tamanho dos bebês recém-nascidos.
   Seleção Estabilizadora: dá-se quando o fenótipo intermediário é favorecido. Nesse exemplo aqui embaixo, se os quadrados fossem borboletas e eu fosse um sapo, eu iria comer todas as borboletas mais claras e mais escuras e não enxergaria direito as cinzas. Portanto o fenótipo intermediário está sendo favorecido pela seleção natural. 

   Outro bom exemplo de seleção estabilizadora é a anemia falciforme em algumas regiões da África. Essa doença é determinada por um alelo recessivo s. Em regiões africanas onde há muitos casos de malária, foi verificada uma freqüência acima do esperado para o alelo s na população. Ele deveria ser raro porque provoca uma doença grave que é a anemia falciforme. As pesquisas demonstraram que o heterozigoto Ss é mais resistente à malária que o homozigoto SS. A malária, portanto, nessa região, fornece uma pressão seletiva para a permanência do alelo s em altas taxas, portanto favorecendo o caráter intermediário (Ss).
   Seleção Estabilizadora - Aumenta a freqüência do fenótipo intermediário.

Processos de Especiação

   São Processos que levam a formação de novas espécies. Iremos discutir dois processos: a Especiação Alopátrica e a Especiação Simpátrica.
   Especiação Alopátrica (alo-além, pátrica-pátria): quando existe uma população em uma determinada região de uma mesma espécie,  com o tempo surgiu uma barreira (formação de um rio, montanha, ou condições ambientais que surgiram no meio da região separando a população), isolando em duas populações de mesma espécie, com o passar dos anos, as duas populações podem sofrer mutações adaptativas que levem a adaptações diferentes uma da outra, assim quanto mais tempo se passar maior será a diversificação entre elas, chegando a um ponto em que mesmo que ambas forem colocadas em um mesmo ambiente, a troca genética não seria possível, então já estariam constituindo duas espécies diferentes.  Exemplo: um isolamento geográfico com a formação de uma montanha separando a população de Gastrópodes
   Dentro da Alopátrica ainda existe a Especiação Dicopátrica e Peripátrica (clique nas imagens para ver maior)
   No caso da Dicopátrica o isolamento geográfico ocorreu no aparecimento de um rio, geleira que deslizou, derramamento de lava, migração ou surgimento de uma montanha que separou a população ancestral em duas isoladas.

   Na Especiação Peripátrica ocorre o isolamento das populações em áreas marginais, as condições de uma região são diferentes, assim os membros de uma população que vive nas áreas marginais irá sofrer mutações adaptativas diferentes daquela que vive no centro isolandos estas populações, podendo chegar a um ponto onde aqueles que estao isolados perifericamente perdem ou diminuiem a capacidade de se cruzar com os que vivem no centro da região.
  Especiação Simpátrica (sim-mesma pátrica-pátria): baseada na Seleção Diversificadora, onde os indivíduos que possuem características adaptativas extremas podem sofrer diferenciação genética diferentes na mesma população.levando o surgimento de novas espécies.
   
      Um tipo de especiação simpátrica é a especiação por poliploidia, este ocorre mais em anfíbios e plantas, onde duas espécies ancestrias selvagens se cruzam produzindo um indivíduo Híbrido estéril, ele sofre erros na meiose e poliploidia formando uma nova espécie fértil. 

Origem das Espécies

   Existem processos evolutivos que proporcionaram a diversificação da vida. Antes de falarmos dos processos de especiação, iremos definir o que é espécie e subespécie? São a mesma coisa?
   Bom podemos definir espécie como: grupo de organismos vivos muito semelhantes entre si e que se cruzam gerando descendentes férteis. Já a subespécie é definida como: populações de uma mesma espécie que se difere entre si quanto a determinadas características e que podem se cruzar, porém na natureza estão separadas/isoladas geograficamente.
   Exemplo: dois tigres

   Apesar de terem características semelhantes, eles ocorrem em locais diferentes: O primeiro que é o Tigre de Bengala (Panthera tigris tigris) ocorre na Índia, o segundo que é o Tigre de Sumatra (Panthera tigris sumatrae) ocorre em uma ilha na Indonésia. São subespécies que não se encontrariam naturalmente na natureza, porém em cativeiro eles podem se cruzar originando descendentes férteis.
   Mas e ae... como ocorre a Evolução?
  Existem dois níveis em que ocorre a evolução a Anagênese (microevolução) que é a transformação progressiva de uma espécie com mudanças graduais que levam à adaptação evolutiva. E a Cladogênese (macroevolução) que é o processo no qual duas populações são isoladas e com o decorrer do tempo se diferenciam originando duas novas espécies. (dêem uma olhada no livro de vocês na Figura 11.1)
   Sobre a origem das espécies, dois pensamente vem sendo discutidos: o gradualismo e o equilíbrio pontuado. O primeiro diz que ocorre a evolução gradualmente mas criticam que não há evidências que comprovem isso e que existem muitas espécies diferentes. O outro beseia-se na seleção estabilizadora e diz também que as populações passam períodos de tempo evoluindo lentamente ou parados sem alterações seguidos por períodos rápidos de grandes mudanças.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fatores que afetam a composição gênica das populações

Vamos prestar atenção em uma população de novo.

   Se a gente olhar direitinho vai ver que um é mais orelhudo que outro, ou tem o nariz diferente, e por aí vai. Cada indivíduo tem suas próprias características, que estão contidas no seu material genético. Essas características fazem parte desta população e formam a composição gênica desta população. Pode ser que outra população de macacos tenha outras características.

   Mas o que pode acontecer para que essas características se modifiquem???
   Por exemplo, se essa população de macacos aí for composta só de macacos baixinhos, o que será que pode acontecer para que essa característica não ser mais predominante?
   Pode chegar alguns macacos altos da mesma espécie e se encaixarem no grupo! Pode ser que os macacos altos façam sucesso com as fêmeas e então os próximos filhotes sejam mais altos que o normal...e assim vai. Na nossa história, esses macacos altos são imigrantes (indivíduos que se incorporam a uma população) e o fator que afetou a composição gênica da população é a migração (quando um grupo de indivíduos se move de um lugar para outro, e ao se incorporar em outra população, incopora também sua composição gênica). 

   Outro fator que afeta a composição gênica das populações é a deriva gênica. Para entendermos direito vamos a um exemplo (com os macacos, claro!): na floresta onde estavam nossos macacos ocorreu um incêndio que acabou com grande parte dessa floresta. O que aconteceu foi que aqueles que eram mais altos e com braços mais longos (correram mais) conseguiram sobreviver. E quando a floresta se recuperou do incêndio, os macacos que restaram povoaram novamente a mata, porém com uma diferença! Antes do incêndio haviam macacos altos, macacos baixos, com braços mais longos, com braços mais curtos....mas agora a população de macacos só possui indivíduos com braços e pernas longos.

E daí? O que é deriva gênica mesmo?
   Deriva gênica é quando, por acaso e não por adaptação, certos alelos tem sua frequência aumentada, enquanto outros podem desaparecer. No exemplo, os alelos que codificam braços e pernas longos tiveram sua frequência aumentada, enquanto os alelos para braços e pernas mais curtos desapareceram. E isso não ocorreu por adaptação, mas por acaso, por causa de um desastre ecológico.
   O Princípio do Fundador é um tipo de deriva gênica. Ocorre quando uma nova população é formada a partir de poucos indivíduos, que não constituem uma amostra representativa da população original. Isso é o que aconteceu depois do incêndio em nosso exemplo: a verdadeira população era formada por indivíduos altos, baixos, orelhudos, braços curtos, braços longos, ou seja, haviam várias características. Porém os indivíduos que formaram a nova população depois do fogo eram altos e com braços longos. Não havia nenhum representante dos baixinhos, ou seja, na amostra (tanto de macacos) que havia restado depois do desastre não havia nenhum representante dos baixinhos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um pouco de Matemática – Bases Genéticas da Evolução

   Do ponto de vista genético, uma população é um conjunto de indivíduos que se reproduzem sexuadamente, compartilhando um patrimônio gênico comum.
   Aqui embaixo podemos ver uma população bem conhecida.... se divertindo em uma praia. Se é que dá pra se divertir em um metro quadrado de areia....
   Enfim...calcular a frequência de um par de alelos desse pedaço de praia pode parecer bem complicado. Mas não é! Se nós soubermos quantos cidadãos tem aí, e também soubermos quantos deles são homozigotos e quantos são heterozigotos para esse par de alelos tudo está resolvido.
   Vamos calcular a frequência de um par de alelos hipotético (que não existe, é só uma suposição). Vou utilizar o mesmo exemplo que utilizei na sala de aula.

   Par de alelos A e a
Nº de indivíduos nesse trechinho de praia: 10000 >>> nº total de alelos: 20000
Nº de indivíduos AA: 3600
Nº de indivíduos aa: 1600
Nº de indivíduos Aa: 4800

   Qual a frequência do alelo A?
Indivíduos AA: 3600 >>> 3600+3600=7200
Indivíduos Aa: 4800 >>> 4800
7200+4800=12000
12000 é o nº total de alelos A.
*Para encontrar a frequência deve-se dividir o nº total desse alelo pelo nº total de alelos.*
Então: 12000 / 20000 =0,6 ou 60%               f(A) ou p= 0,6
Lembrando!!! A frequência do alelo A também é chamada de p.

   Qual a frequência do alelo a?
Indivíduos aa: 1600 >>> 1600+1600=3200
Indivíduos Aa: 4800 >>> 4800
3200+4800=8000
8000 é o nº total de alelos a.
Então: 8000 / 20000 =0,4 ou 40%             f(a) ou q=0,4
Lembrando!!! A frequência do alelo a também é chamada de q.

   Podemos notar que f(A) + f(a)= 1 ou 100%, ou seja: p+q= 1 ou 100%
                                0,6+0,4 = 1 ou 100%
   Sabendo as frequências dos alelos, podemos agora calcular a probabilidade de se formar um indivíduo AA:
f(A) ou p= 0,6
Então: f(A) x f(A) = f(AA)
Que é a mesma coisa que: p x p =
= 0,6 x 0,6 = 0,36 ou 36%

   E de se formar um indivíduo aa:
f(a) ou q=0,4
Então: f(a) x f(a) = f(aa)
Que é a mesma coisa que: q x q =
= 0,4 x 0,4 = 0,16 ou 16%

   E de se formar um indivíduo Aa:
Para esse tipo de individuo se formar há duas possibilidades:
• O gameta masculino com o alelo A pode fecundar o gameta feminino que possui o alelo a.
• OU o gameta masculino com o alelo a pode fecundar o gameta feminino que possui o alelo A.
   Para que essas situações entrem no cálculo a conta deve ser feita desta forma:
f(A) ou p= 0,6
f(a) ou q=0,4
(f(A) x f(a)) + (f(a) x f(A)) = f(Aa)
Que é a mesma coisa que: (p x q) + (q x p) = 2 pq
2 pq = (0,6 x 0,4) + (0,4 x 0,6) = 0,48 ou 48%

   Se somarmos tudo novamente vamos ter como resultado 1 ou 100%:
0,36 + 0,48 + 0,16 = 1 ou 100%
f(AA) + f(Aa) + f(aa) = 1 ou 100%

   E assim chegamos à fórmula final que pode facilitar o cálculo das frequências e probabilidades:
+ 2 pq + = 1 ou 100%

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Camuflagem

Yngrid Garay Berriel
 
Onde está o inseto nesta foto?

   Bem ali! Este inseto é chamado de Bicho-pau por causa de sua aparência que lhe garante perfeita camuflagem no ambiente onde vive. Camuflagem é um tipo de adaptação que pode ser definida como a propriedade de os membros de uma espécie apresentarem uma ou mais características que os assemelham ao ambiente, dificultando sua localização por espécies com as quais interage, sejam elas predadores ou presas. Desta forma, fica difícil para os predadores os localizarem e assim eles sobrevivem por mais tempo. Ou quando vão caçar alguma presa conseguem chegar bem perto e garantir o almoço, porque não é possível vê-los escondidos preparando o bote.
   As figuras abaixo são alguns exemplos de camuflagem que existem na natureza.

Insetos semelhantes a folhas.
Pássaro Urutau.
Camuflagem para caçar.

   Para um predador, um rebanho de zebras não parece um bando de animais individuais, mas sim como uma massa grande e listrada. As listras verticais parecem todas correr juntas, tornando difícil de perseguir e atacar uma zebra em especial.

AQUI: site com fotos de animais beeem diferentes, de onde eu tirei as fotos dos insetos desta postagem.

TRABALHO – Tipos de Seleção e Adaptação

   Os trabalhos terão os seguintes temas:
- adaptação individual ou homeostase
- coloração de aviso
- mimetismo
  
   Hoje (14/09) foram sorteados os temas e cada grupo já sabe o que deve fazer. A entrega do trabalho será por e-mail, até meia noite do dia 21/09. Eu irei corrigir e postar no blog todos os trabalhos para que todos da turma possam ler e estudar todos os assuntos. O trabalho deverá ser feito no Word, não precisa ser muito extenso e deverá ser enviado em anexo para o meu e-mail: didyka@hotmail.com. Não precisa dizer que vale nota, neh?
   O próximo post (sobre camuflagem) será um exemplo de como eu espero que façam o trabalho: com título, nome dos componentes do grupo, explicação sobre o tema e imagens para exemplificar. Se acharem algum site com imagens ou alguma informação interessante coloquem o link no trabalho.
   Todos os temas estão também no livro didático, mas vocês podem pesquisar onde quiserem.
   Bom trabalho!

Teoria Moderna da Evolução – parte 3

   O terceiro fator evolutivo é a Seleção Natural.

   Na sala de aula usei o exemplo das girafas: na população de girafas há animais com o pescoço curto e animais com o pescoço mais longo. Se na área em que este grupo vive restar somente árvores muito altas, somente as girafas de pescoço mais longo conseguirão alimento.
   Portanto, Seleção Natural pode ser definida como reprodução diferencial, ou seja, os mais aptos são aqueles que herdam combinações gênicas favoráveis à sobrevivência e à reprodução, em um ambiente particular.
   Neste vídeo há uma explicação bem fácil de entender sobre Seleção Natural, com um exemplo envolvendo predação: Seleção Natural (2 min.)

Teoria Moderna Da Evolução – parte 2

   O segundo fator evolutivo da Teoria Moderna da Evolução é a Recombinação Gênica, que ocorre por meio de dois processos que acontecem na meiose. Um deles é a segregação independente.

   Em nossas células há uma mistura dos cromossomos de nossa mãe e de nosso pai. Quando ocorre a meiose para a produção de nossos gametas estes cromossomos homólogos segregam (separam-se) independentemente, ou seja, os cromossomos de nosso pai não estão ligados aos cromossomos de nossa mãe. Então os gametas produzidos por nós podem conter somente cromossomos da nossa mãe, ou somente cromossomos de nosso pai, ou ainda uma mistura de cromossomos maternos e paternos.
   O desenho da página 213 do livro didático mostra a segregação independente ocorrendo em um pernilongo. E a figura aqui debaixo mostra as duas possibilidades que pode ocorrer com uma célula na meiose. No lado esquerdo, os gametas ficam com os cromossomos maternos e paternos separados, e no lado direito, ocorre a formação de gametas com cromossomos maternos e paternos juntos na mesma célula.
   O outro processo que ocorre na meiose e também é responsável pela Recombinação Gênica chama-se crossing-over ou permutação: fenômeno em que cromossomos homólogos maternos e paternos trocam pedaços entre si, durante a meiose.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E surge a Genética... (Teoria Moderna da Evolução - parte 1)

   Com o surgimento da Genética no início do século XX surge também uma reinterpretação da teoria evolucionista do Darwin: a Teoria Moderna da Evolução ou Teoria Sintética.
   Esta teoria considera 3 fatores evolutivos principais: Mutação Gênica, Recombinação Gênica e Seleção Natural. Vamos então revisar cada um deles. E, como vocês viram na aula, não é nada complicado.


   O que as fotos mostram definitivamente não são seres vivos comuns. Essa alteração da coloração é chamada de albinismo.
   O Albinismo faz com que o indivíduo não apresente pigmentação, ou seja, coloração. No caso dos humanos, em algum determinado momento o gene que codifica a produção da substância responsável pela cor em nosso organismo sofreu uma mutação e assim até hoje nascem crianças albinas. Isso também ocorre em plantas e animais em geral.
   E o que é sofrer mutação?
   Mutações gênicas são alterações do código de bases nitrogenadas do material genético, que originam novas versões de genes, as quais podem produzir novas características nos portadores. As novas características podem conferir vantagem ou desvantagem para a sobrevivência do indivíduo.
  

Tarefa – Aula Prática: Produzindo “fósseis” em sala de aula

Para quem não pegou o roteiro vou postar aqui. E as perguntas que estão no final dele deverão ser respondidas e entregues até o dia 20/09 (segunda-feira).


ROTEIRO - Produzindo “fósseis” em sala de aula
Objetivo: facilitar a compreensão do mecanismo de fossilização e a formação de alguns tipos de fósseis (moldes, contramoldes, impressão)
Materiais:
• Massa de modelar
• Gesso em pó
• Facas e colheres de plástico
• Tigela de plástico
• Copos de plástico grandes
• Papel toalha e papel de embrulho
• Tampas de caixa de sapato
• Conchas de moluscos
• Folhas de plantas com nervuras bem evidentes
• Pequenos animais de plástico

1- Em um tigela de plástico misture o gesso com água até obter uma massa homogênea e consistente. Preencha a tampa de caixa de papelão e alise sua superfície. Coloque com cuidado folhas e conchas sobre a superfície do gesso pressionando, deixe secar. Quando estiver completamente seco retire as folhas e conchas e observem as marcas deixadas na superfície do gesso.

2- Despeje a massa de gesso em um copo de plástico, preenchendo-o até a metade, coloque um animal de plástico ou uma concha pressionando sobre o gesso, em seguida despeje mais gesso até cobrir o animal de plástico ou a concha, deixe seca. Quando estiver completamente seco desenforme a o gesso retirando o plástico, com um martelo, quebre o gesso e observe as marcas do animal na superfície dos fragmentos de gesso.

3- Na massa de modelar, coloque conchas ou animais de plástico sobre a superfície da massa, pressionando-o com força. Retire com cuidado a concha ou o animal de plástico para não alterar a marca deixada na massa de modelar. Coloque esta massa no fundo de um copo. Despeje com cuidado a massa de gesso nas depressões da massa de modelar e deixe secar. Retire as peças de gesso.

Após o experimento responda:
- Que tipo de fóssil foi simulado em cada experimento?
- Como esses processos ocorreram e se preservou?
- Você consegue diferenciar cada tipo de fóssil? Explique como diferenciá-los.
OBS.: no livro didático este assunto está no capítulo 09, página 184.